Saúde das Populações
Objectivos
Os alunos devem saber identificar, colher dados e caracterizar, para depois prevenir e intervir. Fundamental é também estarem aptos a avaliar a qualidade, os custos e o impacto das intervenções, tendo por fim último a sustentabilidade, diminuição de desigualdades e melhor saúde para todos.
Com esta Unidade Curricular pretendemos também aprofundar o conhecimento das metodologias de investigação clínica que permitam aos alunos, no futuro, elaborar e desenvolver de forma autónoma projetos de investigação clínica, aumentar os seus conhecimentos e a sua capacidade crítica em relação aos resultados de investigação publicada e disponível, torná-los autónomos na colocação de questões de investigação com impacto clínico, reconhecer as limitações da evidência em que se baseiam muitos procedimentos e decisões clínicas, reforçar o gosto pela curiosidade, estudo e conhecimento, e torná-los mais capazes de serem líderes no futuro, com o objetivo final de melhorar os cuidados prestados aos doentes.
Caracterização geral
Código
121006
Créditos
3
Professor responsável
Professora Doutora Helena Cristina de Matos Canhão
Horas
Semanais - A disponibilizar brevemente
Totais - A disponibilizar brevemente
Idioma de ensino
Portuguese
Pré-requisitos
Bibliografia
· Aguiar, P. (2007). Guia Prático Climepsi de Estatística em Investigação Epidemiológica. Lisboa: Climepsi Editores.
· Creswell J.W.: Research Design: Qualitative, Quantitative and mixed methods approach. (Thousand Oaks, CA: Sage Publications, 2014.
· Fletcher, R., Fletch er, W., (2005). Clinical epidemiology: the essencials. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins.
· Greg Guest, Emily E. Namey, Editors: Public Health Research Methods. (Thousand Oaks, California: Sage, 2015).
· Kathryn H. Jacobsen. Introduction to Public Health Research Methods: a practical guide. (Burlington, MA: Jones & Bartlett Learning, 2012).
· Oliveira, A.G. (2009). Bio estatistica, Epidemiologia e Investigação Teoria e Aplicações. Lisboa: Lidel.
· Pocock, S.J. (1983). Clinical Trials: a practical approach. Chichester: John Wiley & Sons.
· Rothman K., Greenland S., Lash T.L. (2008). Modern Epidemiology 3rd ed. Philadelphia, P A. Lippincot Williams & Wilkins.
Método de ensino
Os métodos de ensino são diferenciados de acordo com os conteúdos de cada sessão, com sessões letivas interativas teórico-práticas de análise, discussão e resolução de estudos de caso.
Há 2 momentos para trabalho de grupo. Um na sala de aula com elaboração de um protocolo e desenho de estudo a partir de um outcome e de uma variável independente de interesse (os 4 grupos de trabalho têm as mesmas variáveis atribuídas, mas cada um desenvolve um desenho diferente experimental, observacional coorte, transversal e caso controlo). Outro momento de trabalho de grupo em casa com revisão crítica de um artigo e apresentação posterior em sala de aula.
Método de avaliação
A avaliação tem como base os seguintes parâmetros e ponderações: a) Grau e qualidade da participação nas aulas (10%); b) apreciação do protocolo de estudo (20%); c) apreciação da revisão crítica de artigo (20%); d) exame escrito individual (50%).
Conteúdo
· Definição, história e desenvolvimento da epidemiologia e da saúde das populações.
· Desenhos, indicações, vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos e clínicos.
· Estudos epidemiológicos observacionais, populacionais e estudos experimentais. Fases dos ensaios clínicos.
· Cálculo, análise e interpretação das medidas epidemiológicas de frequência, associação e impacto.
· Medidas de risco epidemiológico. Medição das exposições e dos resultados: os tipos de erro em epidemiologia.
· Inferência causal.
· Programas de rastreio: critérios de aplicação e medidas de validade de testes.
· Aplicações da investigação à prevenção da infeção, segurança do doente e q alidade dos cuidados.
· Avaliação de determinantes de doenças crónicas não transmissíveis. Multimorbilidade.
· Apreciação crítica e sistemática de relatórios de investigação e de artigos.
· Avaliação de impacto, custo/benefício e custo/efetividade.
· Translação da investigação clínica e populacional para as políticas de saúde.