Antropologia Económica - 1. semestre
Objetivos
1. Facultar aos alunos uma informação sintética sobre o que de mais relevante foi e é produzido ao nível da antropologia económica.
2. Suscitar entre os alunos a capacidade de aplicar esses conhecimentos ao estudo, observação e análise do económico nos seus vários
domínios, incluindo nas sociedades capitalistas contemporâneas.
3. Facultar aos alunos conhecimentos e competências que lhes permitam:
a) compreender as formas de integração sócio-cultural e política do económico nas sociedades, sejam elas as ditas primitivas ou modernas,
desenvolvidas ou sub-desenvolvidas, rurais ou urbanas;
b) identificar e analisar, na óptica da antropologia económica, práticas sócio-económicas do nosso quotidiano;
c) identificar e analisar a presença de racionalidades simbólicas e políticas em domínios \"economicistas\".
Caracterização geral
Código
711001009
Créditos
6
Professor responsável
Margarida Fernandes
Horas
Semanais - 4
Totais - A disponibilizar brevemente
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
Não tem.
Bibliografia
Cunha, M I, org. (2006) dossier Formalidade e informalidade. Etnográfica, X (2)
Feliciano, J F & Yañez-Casal, A (2006) Antropologia Económica - velhos e novos campos. Lisboa, U A: 123-139
Galbraith, J K (1980) A Era da Incerteza. Lisboa, Moraes
Godelier, M (1973) Horizontes da Antropologia. Lisboa, Ed. 70
Granjo, P (2004) «Trabalhamos sobre um barril de pólvora»: homens e perigo na refinaria de Sines. Lisboa, ICS
Granjo, P (2009) Saúde e doença em Moçambique, Saúde e Sociedade, 18 (4): 567-581
Ho, K (2009) Liquidated: an ethnography of Wall Street. Durham, Duke U P
Mauss, M (1998) Ensaio sobre a Dádiva. Lisboa, Ed. 70
Meillassoux, C (1976) Celeiros, Mulheres e Capitais. Porto, Afrontamento
Sahlins, M (1972) Stone Age Economics. Chicago, Aldine
Yánez-Casal, A (1996) Antropologia e Desenvolvimento: as aldeias comunais de Moçambique. Lisboa, IICT
Yañez-Casal, A (2005) Entre a Dádiva e a Mercadoria. Lisboa, ed. autor
VVAA (1978) Para Uma História Antropológica. Lisboa, Ed. 70
Método de ensino
O funcionamento da UC baseia-se em aulas presenciais com espaço para debate, complementadas por duas palestras apresentadas por expecialistas externos e por 3 seminários duplos preparados e apresentados por grupos de alunos.
Método de avaliação
A avaliação contínua da participação nas aulas, palestras e seminários é complementada por 3 outros instrumentos avaliativos:
a) teste escrito presencial, dividido em 3 partes temáticas ao longo do semestre e centrado, não em perguntas de resposta factual, mas de aplicação da matéria lecionada;
b) Preparação e apresentação, em grupo, de um seminário temático;
c) ensaio escrito reflexivo, tendo por base bibliográfica, pelo menos, um livro integrado na bibliografia principal da UC.
Conteúdo
1.1 A revolução de Adam Smith
1.2 Do valor-trabalho à mais-valia
1.3 Troca, moeda e capital
1.4 Interpretações económicas como projectos de sociedade
2.1 Interações económico/outras vertentes do social
2.2 Diversidade e polémicas da antropologia económica
3.1 Do Ensaio Sobre a Dádiva ao paradigma da reciprocidade
3.2 Aplicações da reciprocidade, face a outras leituras
3.3 A dádiva nas sociedades contemporâneas
4.1 Estratégias zen e sociedades da abundância
4.2 Economias tribais e parentesco
4.3 Racionalidades económicas camponesas
4.4 Saúde, cura e noções de pessoa e do mundo
4.5 Desenvolvimentismo e constrangimentos culturais
4.6 Economias informais
5.1 Sociedades de consumo
5.2 Trabalho industrial, simbólico e relações de poder
5.3 Precariedade e incerteza
5.4 Economia, contrato social e violência
5.5 Capital financeiro e a crise actual