Estudos de Literatura Tradicional - 2. semestre
Objetivos
a) Equacionar o conceito essencial da literatura tradicional, a tradicionalidade. b) Perspetivar a literatura tradicional a partir do género romanceiro (origens, persistência, multinacionalidade). c) Problematizar o âmbito e os limites do conhecimento sobre o romanceiro de tradição antiga. d) Conhecer os dispositivos teóricometodológicos adequados à abordagem da tradição antiga dos romances tradicionais. e) Perspetivar a os contributos portugueses para o romanceiro panhispânico. e) Dispôr e compulsar adequadamente os instrumentos teóricos e metodológicos para a investigação autónoma no âmbito da literatura tradicional .
Caracterização geral
Código
722091162
Créditos
10
Professor responsável
Teresa Araújo
Horas
Semanais - 3 letivas + 1 tutorial
Totais - A disponibilizar brevemente
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
n.a.
Bibliografia
ARAÚJO, Teresa (2014). \"A alusão a romances nas letras portuguesas dos séculos XV-XVII, Arbor. Ciencia, pensamiento y cultura, Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Vol. 190, N.º 766, marzo-abril, pp. 1-11.
BELTRAN, Vicenç (2016). El romancero: de la oralidad al canon, Kassel, Edition Reichenberger.
CATALÁN, Diego (1997). Arte poética del romancero oral, 2 vols., Madrid, Siglo Veinteiuno de España Editores.
MICHAËLIS DE VASCONCELOS, Carolina (1980). Estudos sobre o Romanceiro Peninsular. Romances Velhos em Portugal, Porto, Lello & Irmão Editores.
RODRÍGUEZ MOÑINO, Antonio (1973, 19771978). Manual bibliográfico de Cancioneros y Romanceros (Impresos, s. XVI), 2 vols, (Impresos, s. XVII), 2 vols., Madrid, Castalia.
______ (1997). Nuevo diccionario bibliográfico de pliegos sueltos poéticos (Siglo XVI), ed. corregida y actualizada por Arthur L.F. Askins y Víctor Infantes, Madrid, Castalia.
Método de ensino
A leccionação do Programa assenta, por um lado, em aulas expositivas sobre a teorização e a crítica produzidas sobre a literatura tradicional, especialmente sobre o romanceiro e, em particular, sobre a tradição antiga. Contudo, o desenvolvimento programático assenta igualmente na participação dos alunos incentivada pelo provimento ou indicação de textos de natureza conceptual e literária. Algumas das suas intervenções são espontâneas, mas outras são planificadas através de uma calendarização de apresentações e discussões de trabalhos realizados pelos estudantes sob acompanhamento tutorial.
Método de avaliação
A avaliação final dos alunos baseiase na sua participação (20%), bem como na apresentação escrita (50%) e na exposição oral seguida de debate (30%) de um trabalho de investigação com 10/15 páginas.
Conteúdo
1. Preâmbulo: o conceito de tradicionalidade 2. O romanceiro: génese, história e diversidade 2.1. A nebulosa das origens 2.2. A persistência no tempo e a difusão transcontinental 2.3. A heterogeneidade dos romances 3. O romanceiro de tradição antiga 3.1. Limites e possibilidades do conhecimento do corpus memorial 3.2. Versificação e relato 3.3. Linguagem, poética e retórica 4. Testemunhos de autores portugueses dos séculos XVXVII 4.1. Os Romances Velhos em Portugal 4.2. A necessidade da revisão e do desenvolvimento dos estudos sobre os testemunhos 4.3. Indícios de um repertório memorial português 5. Contributos portugueses antigos para o romanceiro tradicional 5.1. Dois poemas tradicionalizados de autoria conhecida 5.2. Dois romances de temática nacional.