Problemáticas de Ecologia Humana - 2. semestre
Objetivos
Pretende-se que os alunos adquiram capacidade de reflexão crítica e autónoma dos problemas que a sociedade contemporânea enfrenta bem como sensibilidade à diversidade de leituras.
Visa-se preparar o discente para atuar em contextos complexos numa perspetiva de problem solving apoiada fortemente por uma reflexão critica privilegiando hands on atitude.
Pretende-se avaliar se o aluno mostra capacidade para aplicar a base conceptual ao mundo real.
Pretende-se que os alunos adquiram competências para:
a) mobilizar os conhecimentos adquiridos para propor soluções para problemas sociais contemporâneos;
b) valorizar uma perspetiva interdisciplinar na compreensão desses problemas;
c) o desenvolvimento de estudos em ecologia humana aplicada envolvendo a exploração de metodologias diversas aplicadas a um caso de estudo em contexto simulado/real com recurso a dados sociais e condições ambientais;
d) prosseguir o desenvolvimento do seu projeto de investigação científica.
Caracterização geral
Código
73220101
Créditos
10
Professor responsável
Docente a definir
Horas
Semanais - 2
Totais - A disponibilizar brevemente
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
n.a.
Bibliografia
Australia Government (2007) Tackling Wicked Problems. A Public Policy Perspective. Commonwealth of Australia.
Bates, D; Tucker, J. (Ed) (2010). Human Ecology, Contemporary Research and Practice. Springer.
Borden, R. (2014). Ecology and Experience. California: North Atlantic Books.
Cook, E; Lara, J. (Ed.) (2012) Remaking Metropolis: Global Challenges of the Urban Landscape. USA: Routledge.
Dyball, R & Newell, B (2015). Understanding Human Ecology: A systems approach to sustainability. Oxon:, Routledge.
Chevalier,J; Buckles, D. (2013) Participatory Action Research: Theory and Methods for Engaged Inquiry, Routlege.
Lawson, H; Caringi, J; Pyles, L; Jurkowski, J; Bozlak, C. (2015) Participatory Action Research, Oxford University Press.
Mauch, C; Pfister, C. (2009) Natural Disasters, Cultural Responses: Case Studies toward a Global, Lexington Books.
Pires, Iva M; Gibert, Morgane; Hens, Luc (eds) (2010). Studies in Human Ecology. Ha Noi: Publishing House for Science and Technology.
Método de ensino
Na primeira parte da cadeira as aulas serão teórico-práticas com a exposição e discussão dos temas propostos nas quais os alunos são estimulados a participar ativamente. Serão privilegiadas abordagens a diferentes escalas espaciais (local, regional, nacional, global) e temporais.
Na segunda parte o discente será estimulado a procurar compreender o mundo e tentar mudá-lo, recorrendo à análise/interpretação de um caso de estudo real usando metodologias PAR, nomeadamente inquérito coletivo e experimentação no terreno fortemente apoiado em experiência e história social para extrair lições aprendidas. As aulas serão transformadas em espaços coletivos de debate de ideias e propostas promovendo reflexão crítica construtiva.
Método de avaliação
Elaboração de um trabalho prático expondo a problemática, as metodologias usadas e as lições aprendidas (80% da nota final) e sua apresentação oral e debate em aula prática sobre as principais conclusões e metodologia utilizada (20% da nota final).
Conteúdo
Esta unidade curricular organiza-se em duas partes. Na primeira, estruturada em blocos temáticos distribuídos pelos docentes em função das suas áreas de investigação, são focados os diferentes tipos de problemas aos quais, pela sua complexidade e necessidade de abordagem integrada, a Ecologia Humana pode dar resposta: as crises (ambientais, sociais, culturais) e as possíveis vias para a respetiva superação; a ecologia urbana e os problemas relacionados com as grandes metrópoles; a produção e o consumo sustentáveis; os riscos e a desertificação.
A segunda parte (hands on seminar) introduz um método para investigadores orientados para co-desenvolver soluções com as pessoas e para as pessoas. Participatory Action Research (PAR) é uma abordagem à investigação que enfatiza a participação e a ação, oferecendo uma alternativa às metodologias tradicionais que apresentam limitações quando aplicadas a contextos complexos, permitindo construir possíveis formas de agir para resolver problemas.