Programação de Artes Cénicas - 2. semestre
Objetivos
Este seminário pretende introduzir a problemática da programação cultural nas artes cénicas os seus agentes, as suas práticas, os seus contextos de actuação, os seus efeitos no panorama artístico nacional e internacional de modo a dotar o aluno de ferramentas teórico-práticas para a análise e/ ou desenvolvimento de programações culturais.
Pretende-se que o aluno consiga problematizar o papel do programador cultural no panorama artístico contemporâneo e estimular o seu sentido crítico em relação à prática/ análise da programação a partir da reflexão sobre:
1) a emergência do programador cultural e suas consequências no campo das artes cénicas;
2) as suas diferentes posições no campo artístico;
3) a análise de programações;
4) a conceptualização nos projectos de programação cultural.
Caracterização geral
Código
722011124
Créditos
10
Professor responsável
Cláudia Guerra Madeira
Horas
Semanais - 3 letivas + 1 tutorial
Totais - A disponibilizar brevemente
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
Não tem.
Bibliografia
BOVONE, Laura (1997), Os novos intermediários culturais: considerações sobre a cultura pós-moderna, em Carlos Fortuna (org.), Cidade, Cultura e Globalização, Oeiras, Celta
FEATHERSONE, Mike (1997), Culturas globais e culturas locais, em Carlos Fortuna (org.), Cidade, Cultura e Globalização, Oeiras, Celta.
GAYLENE, Carpenter (2008), Arts and Cultural Programming A Leisure Perspective, USA, Human Kinetics.
MADEIRA, Cláudia (2009), Cities Programming, em ACTAS ICONO14, Nº A3, Madrid, pp.927-931
MADEIRA, Cláudia (2002), Novos Notáveis Os programadores Culturais, Oeiras, Celta, 2002.
RIBEIRO, António Pinto (2000), Ser feliz é imoral, Lisboa, Cotovia.
Revista Crítica Ciências Sociais, Cidade/Artes/Cultura, nº 67, Dezembro 2003
WATTS, Vicki, GEHL, Robert (2010); The Politics of Cultural Programming in Public Spaces, Cambridge Scholars Press.
Bishop, Claire (2012), Artificial Hells, Participatory Art and the Poliotics of spectatorship, London, NY, Verso.
Método de ensino
A exposição do docente será acompanhada pela leitura de textos de apoio, materiais audiovisuais, ou programações artísticas de modo a tornar mais constante e profícua a discussão crítica em sala de aula. As visitas de estudo, sobre as quais os mestrandos têm de escrever relatórios individuais contribuem para o conhecimento e treino de aptidões reflexivas e críticas. As exposições obrigatórias por parte dos mestrandos (incluindo a preparação de materiais audiovisuais) enriquecem o seminário com a introdução de casos diversos e perspectivas diferentes sobre temas inerentes à programação
Ensino presencial
Método de avaliação
Em complementariedade aos elementos de avaliação contínua que valem 30% da nota final, os estudantes terão de realizar uma investigação sobre um tema ou programação cultural, com uma perspectiva crítica e fundamentada que será apresentada oralmente e por escrito (70%).
Conteúdo
I. Introdução Programação cultural versus Programação de vida?
Introdução à temática da programação cultural. Diferenças e semelhanças entre programação cultural e programação da vida;
II. Breve historial da evolução da programação cultural em Portugal
Emergência da programação Cultural em Portugal;
O papel do programador cultural;
Programadores e criadores;
Programadores e públicos;
Programadores e Crítica.
III. Os pilares da Programação Cultural As noções de conceito, lugar e autoria
Introdução às noções de conceito, lugar e autoria e sua relação com a programação nas artes cénicas. Exemplos.
IV. Análise de Programações Culturais
Análise de diferentes tipos de Programação Cultural
V. Apresentação e discussão de ensaios sobre programação em artes cénicas
Apresentação oral e escrita de um ensaio que aprofunde criticamente uma temática sobre programação cultural em artes cénicas.
Cursos
Cursos onde a unidade curricular é leccionada: