Geologia de Portugal
Objetivos
A) Dar a conhecer as diferentes unidades tectono-estruturais de Portugal Continental e a geologia das Regiões Autónomas;
B) integrá-las, do ponto de vista dinâmico, em sucessivos ciclos de Wilson;
C) conhecer as principais unidades litostratigráficas e interpretá-las no respetivo contexto tectónico e paleogeográfico;
D) conhecer o contexto magmático e tectono-estratigráfico dos recursos minerais económicos disponíveis e suas aplicações;
E) aprofundar as técnicas de interpretação de cartas geológicas de Portugal, representativas dos vários ciclos geológicos.
Caracterização geral
Código
10671
Créditos
3.0
Professor responsável
José Carlos Ribeiro Kullberg, Ligia Nunes de Sousa Pereira de Castro
Horas
Semanais - 3
Totais - 42
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
Aconselha-se a frequência prévia de Petrologia Sedimentar e Sedimentologia, Petrologia Ígnea e metamórfica, Estratigrafia e Paleontologia.
Bibliografia
R. Dias, A. Araújo, P. Terrinha & J. C. Kullberg (Eds.) (2013). Geologia de Portugal no contexto da Ibéria. 2 Vols: Vol I - Geologia Pré-mesozóica de Portugal; Vol. II - Geologia Meso-cenozóica de Portugal. Escolar Editora: (807 +798 p.). ISBN: 978-972-592-364-1
Martínez Catalán et al., (2007). Space and time in the tectonic evolution of the northwestern Iberian Massif: Implications for the Variscan belt. Geological Society of America Memoir 200, p. 403–423
J. C. Neiva, A. Ribeiro, L. M. Victor, F. Noronha & M. M. Ramalho (eds.) (2010). Ciências Geológicas: Ensino, Investigação e sua História, Assoc. Port. Geólogos (APG), 3 Vols. ISBN: 978-989-96669-0-0
J. Pais, P. P., Cunha, D., Pereira, P., Legoinha, R., Dias, D., Moura, A. B., Silveira, J. C, Kullberg, J. A. González-Delgado (2012). The Paleogene and Neogene of Western Iberia (Portugal): A Cenozoic record in the European Atlantic domain. Springer-Verlag, 158p. ISBN: 978-3-642-22400-3
Método de ensino
Aulas teóricas com recursos a meios multimédia.
Aulas práticas com estudo de cartas geológicas de Portugal a diferentes escalas. Execução de perfís geológicos e sua interpretação. Elaboração de colunas estratigráficas. Observação de rochas e fósseis da geologia portuguesa. Eventuais visitas de campo.
Método de avaliação
A avaliação da disciplina divide-se em:
- componente teórica (T): T=(T1+T2)/2
A avaliação contínua da componente teórica da disciplina consta da realização de 2 testes teóricos correspondentes a 2 partes distintas da matéria teórica: T1 – 1ª parte teórica e T2 – 2ª parte teórica;
- componente prática (P): P=35% P1+35% P2+30%P3
A avaliação contínua da componente prática da disciplina consta da realização de 2 relatórios (P1e P2- Cartas Geológicas) e uma apresentação oral (P3 – Apresentação oral e escrita em ppt de P1 ou P2) + avaliação contínua nas aulas práticas.
A classificação final (F) é obtida da seguinte forma: F = (T + P)/2
Para que o aluno possa ser considerado aprovado à disciplina, terá de cumprir os seguintes requisitos:
- ter obtido “frequência”, ou seja, ter registado presença num mínimo de 2/3 do total de aulas práticas dadas ao longo do semestre;
- ter efectuado todas as componentes de avaliação teórica (T1 e T2) e prática (P1, P2 e P3);
- ter obtido pelo menos 6/20 valores em qualquer destas componentes da avaliação;
- a média final ser >= 9,5/20 valores.
No caso do 1º requisito não ser cumprido, o aluno fica excluído de frequência à disciplina; no caso de qualquer dos 3 últimos requisitos não ser cumprido, o aluno fica admitido a exame final.
A obtenção de nota mínima (>= 6,0) em qualquer das partes avaliadas na componente de avaliação contínua (T1, T2, P1, P2 e P3), permite a dispensa dessa parte da avaliação na época de exame. Qualquer classificação parcial obtida nos testes será válida até ao final do ano lectivo.
Aos alunos que, no ano lectivo anterior, tenham obtido aprovação na parte teórica ou na parte prática, ser-lhes-á guardada essa classificação para efeitos de avaliação no presente ano lectivo. No caso de se tratar da parte prática, os alunos ficam dispensados de frequentar as aulas práticas.
Conteúdo
História. Unidades geo-estruturais e morfológicas. Meseta ibérica e Maciço Hespérico. Zonas Cantábrica, Astúrica Ocidental – Leonesa, Galiza média - Trás-os-Montes, Centro – Ibérica, Ossa – Morena e Sul - Portuguesa.
Pré-Câmbrico e Paleozóico. Zona Centro-Ibérica. Domínios. Bacias carboníferas. Granitoides. Zona de Ossa – Morena. Faixa blastomilonítica. Sectores. Bacia de Moinho de Ordem. Zona Sul-Portuguesa. Sectores. Evolução. Paleogeografia.
Mesozóico. Bacias Lusitânica e do Algarve. Diferenciação. Distensão. Rifting. Megassequências. Bacia do Algarve. Maciços subvulcânicos. "Complexo vulcânico" de Lisboa-Mafra.
Cenozóico. Diferenciação das Bacias do Douro, Mondego, Tejo (Alto- e Baixo-), e Ebro. Alostratigrafia. Paleogénico da plataforma continental. Bacia do Douro, sedimentação, afloramentos portugueses. Bacia do Mondego, litostratigrafia, megassequências, cronostratigrafia, correlações. Bacia do Baixo Tejo. Sectores. Miocénico de Lisboa – Península de Setúbal. Tectónica. Evolução. Paleogeografias. Bacia de Alvalade, diferenciação, litostratigrafia, correlações. Plataforma do Algarve, diferenciação, unidades. Tectónica. Relações com a bacia do Guadalquivir. Pliocénico; depósitos. Terraços marinhos e fluviais. Carsificação. Vestígios glaciários e periglaciários. Aluviões. Acções antrópicas. Assoreamento. Evolução de áreas costeiras e erosão acelerada. Sedimentação submarina na plataforma continental.
Geologia das ilhas atlânticas - Madeira e Açores.