Paleobotânica e Palinologia
Objetivos
Dar formação de base com vista à caracterização dos aspectos gerais da evolução das plantas e dos quistos de Dinoflagelados (grupo de microrganismos plactónicos estudados pela Palinologia) ao longo da história da Terra e sua importância para a Estratigrafia e para a reconstituição e o conhecimento dos ambientes e dos climas do passado.
Caracterização geral
Código
10930
Créditos
6.0
Professor responsável
Fernando Henrique da Silva Reboredo, Ligia Nunes de Sousa Pereira de Castro
Horas
Semanais - 4
Totais - 51
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
Não se exigem requisitos prévios.
Bibliografia
Brown, C. A. (2008) – Palynological techniques. Amer. Ass. Strat. Palynology Foundation.
Davis, P. & Kendrick, P. (2004) – Fossil plants (living past). The Natural History Museum, 192 p.
Hesse, M., Halbritter, H., Zetter, R., Weber, M., Buchner, R. Frosch-Radivo, A. & Ulrich, S. (2009) – Pollen terminology. An illustrated handbook. Springer, 259 p.
Jansonius, J. & Mcgregor, D.C. (1996) - Palynology: principles and applications. Volume 1 - Principles. A.A.S.P. Foundation: 462 p.
Lemoigne, Y. (1988) – La flore au cours des temps géologiques. Geobios, Lyon, mém. spécial nº 10, T. I, 384 p., T. II, 296 p.
Meyen, S. V. (1987) – Fundamentals of palaeobotany. Chapman and Hall, London, 432p.
Renault-Miskovsky, J. & Petzol, M. (1989) – Spores et pollen. La Duraulié, Paris, 360 p.
Simpson, M. (2006) – Plant systematics. Elsevier Academic Press, 590 p.
Sousa, L.; Rivas-Carballo, M.R. & Pais, J. (1999) - Dinoflagelados. Nomenclatura portuguesa. Ciências da Terra, 13: 35-57.
Taylor, T. N., Taylor, E. & Krings, M.(2009) – Paleobotany. The biology and evolution of fossil plants. Second Edition. Elsevier, 1230 p.
Teixeira, C. & Pais, J. (1976) – Introdução à paleobotânica. As grandes fases da evolução dos vegetais. Ed. autores, Lisboa, 210 p.
Traverse, A. (1988) – Paleopalynology. Unwin Hyman, 600 p.
Método de ensino
O ensino, apoiado na utilização de projecções multimédia e a métodos de e-learning (recurso ao programa Moodle), incluirá aulas teóricas e práticas. Nas aulas práticas os alunos farão preparações palinológicas em laboratório e farão observação e interpretação ao microscópio das respectivas preparações.
A avaliação terá uma componente contínua, através da realização de um teste e de um relatório/trabalho escrito. O trabalho realizado individualmente será apresentado em power-point, seguido de discussão pública .
Método de avaliação
Avaliação contínua :
Teste - data prevista Novembro de 2019 (50% da classificação final)
Relatório/trabalho individual - 40% na classificação final (TP); data de entrega Dezembro de 2019
Classificação final: (0.50*Teste) + (0.40*Relatório) + (0.10* Apresentação c/ discussão pública do Trabalho)
Aprovação requer nota mínima de 9.5 valores (escala de 20 valores) em cada componente (teórica e teórica-prática)
Os alunos sem aprovação na avaliação contínua poderão ir a exame Final. Classificação igual a: 0.5*classificação do exame+0.5*classificação da componente teórica-prática. Aprovação com classificação mínima de 9.5 valores.
Conteúdo
Teóricas
1. Introdução. Aspectos gerais de Paleobotânica e de Palinologia. Aspectos históricos. Sistemática, Nomenclatura e taxonomia. Métodos e técnicas de estudo em Paleobotânica e em Palinologia.
2. Aspectos gerais da morfologia das plantas. Morfologia de folhas, caules, esporos e polénes. Os dinoflagelados.
3. Processos de fossilização das plantas.
4. Métodos de recolha, preparação e de estudo. Construção de diagramas polínicos e sua interpretação. Palinofácies.
5. Aspectos gerais de paleoecologia. Os dinoflagelados e os vegetais fósseis como indicadores ambientais e climáticos. Curvas climáticas.
6. Classificação de quistos de dinoflagelados e dos vegetais.
7. Evolução dos dinoflagelados e das plantas no tempo com especial ênfase nos fósseis portugueses. Origem da vegetação terrestre. Aspectos gerais das plantas do Paleozóico e do Mesozóico. Origem e expansão das angiospérmicas. A vegetação do Cenozóico. Degradação progressiva da vegetação na Europa durante o Quaternário. Estabelecimento da vegetação mediterrânica.
Práticas
Tratamento de amostras para pesquisa de quistos de dinoflagelados, esporos e pólenes. Obtenção de resíduos palinológicos. Preparação de lâminas delgadas para análise palinológica. Observação ao microscópio óptico; palinofácies, identificação de algumas formas.
Observação de coleções de macrorrestos vegetais representativos da evolução da vegetação ao longo do tempo.