Ecologia Terrestre

Objetivos

A disciplina de Ecologia Terrestre tem como objectivo disponibilizar recursos e proporcionar uma exploração articulada dos conhecimentos anteriormente adquiridos, a fim de que os alunos obtenham noções essenciais sobre os diferentes biomas da Terra e sobre o coberto vegetal de Portugal. Procurar-se-á que os alunos compreendam o papel dos factores ecológicos nas suas interacções com os seres vivos, que vão determinar a sua distribuição à superfície da Terra. Será realçada a diversidade de estratégias que os seres vivos desenvolveram para se adaptarem aos vários meios terrestres.

Nesta disciplina pretende-se desenvolver Competências Transversais no âmbito da Licenciatura e Competências Específicas no âmbito da Disciplina. Os processos de ensino e de aprendizagem serão orientados no sentido de haver uma integração e aplicação dos conceitos apreendidos noutras disciplinas.

Na parte prática serão realizados vários trabalhos sobre comunidades vegetais, através da manipulação de informação com auxílio de Sistemas de Informação Geográfica, a diferentes escalas. Os alunos deverão organizar e interpretar dados, discutir resultados e delinear metodologias para a procura de soluções de problemas propostos.

 

 

 

Caracterização geral

Código

10364

Créditos

3.0

Professor responsável

Maria Teresa Calvão Rodrigues

Horas

Semanais - 3

Totais - 44

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

A disponibilizar brevemente

Bibliografia

O MOSAICO BIOCLIMÁTICO DO GLOBO
DEMANGEOT, J. 1984. Les milieux "naturels" du globe. Masson S.A., Paris, 250 pp.

BIOMAS
ARCHIBOLD, O. W. 1995. Ecology of world vegetation. Chapman & Hall, 510 pp.
BARBOUR, M. G., BURK, J. H. & PITTS, W. D. 1987. Terrestrial plant ecology, second edition. The Benjamin/Cummings Publishing Company, Inc., Menlo Park, California, 634 pp.
DEMANGEOT, J. 1984. Les milieux "naturels" du globe. Masson S.A., Paris, 250 pp.
GODRON, M. 1984. Écologie de la végétation terrestre. Masson S.A, Paris,196 pp.
LEMPS, H. de. 1970. La végétation de la terre. Masson et Cie, Éditeurs, Paris, 143 pp.
WALTER, H. 1985. Vegetation of the Earth and ecological systems of the geo-biosphere, third edition. Springer-Verlag, 318 pp.


VEGETAÇÃO MEDITERRÂNICA

ARCHIBOLD, O. W. 1995. Ecology of world vegetation. Chapman & Hall, 510 pp.
CASTRI, F. Di. 1981. Mediterranean-type shrublands of the world. In: Mediterranean-type shrublands. (F. Di Castri, D. W. Goodall e R. L. Specht, Eds.), Elsevier Scientific Publishing Company, pp. 1-52.
CORREIA, O. C. A. 1988. Contribuição da fenologia e ecofisiologia em estudos de sucessão e dinâmica da vegetação mediterrânica. Dissertação apresentada para obtenção do grau de Doutor em Biologia (Ecologia e Biossistemática). Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa, 196 pp.
DELL, B., HOPKINS, A. J. M. & LAMONT, B. B. (editors). 1986. Resilience in mediterranean-type ecosystems. Dr W. Junk Publishers, 168 pp. Tasks for Vegetation Science, 16.
DI CASTRI, F. & MOONEY, H. A. (editors). 1973. Mediterranean type ecosystems: origin and structure. Springer-Verlag, 405 pp. Ecological Studies, 7.
GÓMEZ-CAMPO, C. (editor). 1985. Plant conservation in the Mediterranean area. Dr W. Junk Publishers, 269 pp.
IBÁÑEZ, J. J., VALERO GARCÉS, B. L. & MACHADO, C. (eds.). 1997. El paisaje mediterráneo a través del espacio y del tiempo. Implicaciones en la desertificación. Geoforma Ediciones, Logroño, 478 pp.
MILLER, P. C. (Editor). 1981. Resource use by chaparral and matorral. A comparison of vegetation function in two mediterranean type ecosystems. Springer-Verlag, 455 pp. Ecological Studies 39.
OVINGTON, J. D. (editor) 1983. Temperate broad-leaved evergreen forests. Elsevier, 241 pp. Ecosystems of the World, 10.
SPECHT, R. L. (editor) 1988. Mediterranean-type ecosystems. A data source book. Kluwer Academic Publishers, 248 pp.
TENHUNEN, J. D., CATARINO, F. M., LANGE, O. L. & OECHEL, W. C. (editors). 1987. Plant response to stress. Functional analysis in mediterranean ecosystems. Springer-Verlag.


VEGETAÇÃO DE PORTUGAL
ALVES, J. M. S., ESPÍRITO SANTO, M. D., COSTA, J. C., GONÇALVES, J. H. C. e LOUSÃ, M. F. 1998. Habitats naturais e seminaturais de Portugal continental. Tipos de habitats mais significativos e agrupamentos vegetais característicos. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa, 167 pp.
COSTA, J. C., AGUIAR, C, CAPELO, J. H., LOUSÃ, M. & NETO, C. 1998. Biogeografia de Portugal Continental. Quercetea, 0: 1-56.

 

Método de ensino

Em Ecologia Terrestre propõe-se uma aprendizagem ativa, centrada no estudante e também uma aprendizagem baseada em problemas e sua resolução. Os estudantes serão encorajados a pensar e agir como profissionais em ecologia na resolução de casos de estudo do mundo real. Ou seja, terão que reconhecer o problema, identificar os princípios ecológicos subjacentes a ele e possíveis soluções.

A estratégia pedagógica adoptada baseia-se no princípio da separação entre aulas teóricas (1h/semana) e práticas (2h/semana).

Nas aulas teóricas serão explicados os sucessivos tópicos do programa da unidade curricular, recorrendo, sempre que possível, a conhecimentos adquiridos noutras unidades curriculares, numa visão integradora. Sempre que houver oportunidade serão referidos factos/notícias actuais (perda de biodiversidade, alterações climáticas) que permitam consolidar os conteúdos.

Nas aulas práticas os alunos irão trabalhar com um Sistema de Informação Geográfica na procura de soluções para problemas propostos, tanto quanto possível casos reais: organizar, manipular e interpretar dados, discutir resultados e propor soluções. Os estudantes trabalharão em grupos de dois.

Método de avaliação

A disponibilizar brevemente

Conteúdo

Programa da parte teórica

1. A vegetação e os factores ambientais - o mosaico bioclimático do globo. Principais biomas da Terra, sua localização, clima, solo, paisagem, adaptações da vegetação, fauna, impacte das actividades humanas: Tundra, Floresta boreal de coníferas, Estepes e Pradarias, Florestas temperadas caducifólias, Laurisilva, Vegetação de tipo mediterrânico, Regiões áridas e semi-áridas, Savanas, Florestas tropicais secas, Florestas equatoriais e tropicais húmidas

 

2. Vegetação de tipo mediterrânico

3. Panorama do coberto vegetal em Portugal. Coberto potencial e coberto actual. Evolução da paisagem.

Programa da parte prática

Os trabalhos desenvolvidos durante as aulas práticas pretendem evidenciar as potencialidades dos SIGs (ArcGis10) enquanto ferramenta de trabalho em estudos de ecologia a várias escalas espaciais.