Cirurgia (Estágio parcelar)

Objetivos

Competências clínicas:
-Conhecer e saber aplicar a linguagem e a terminologia cirúrgicas; 
-Conhecer as principais síndromes cirúrgicas, a sua etiopatogenia e semiologia, bem como os   fundamentos do seu diagnóstico e tratamento;
-Saber distinguir as situações clínicas com indicação cirúrgica eletiva e urgente;
-Saber planear e executar um exame clínico metódico e completo;
-Saber selecionar e requisitar os exames complementares de diagnósticos necessários ao             esclarecimento de cada caso clínico;
-Saber avaliar o estado nutricional e o risco cirúrgico de um doente;
-Saber hierarquizar os dados de uma história clínica e formular as hipóteses de diagnóstico;
-Saber executar as técnicas de pequena cirurgia mais comuns e conhecer as técnicas de anestesia e de assépsia necessárias para o efeito.

 Competências de formação social – comportamentos e atitudes:
-Saber respeitar os doentes e os familiares e conhecer os seus direitos e obrigações;
-Conhecer os princípios éticos inerentes à confidencialidade e à transmissão adequada da informação necessária para o consentimento informado de atos cirúrgicos;
-Saber comunicar adequadamente e trabalhar em equipa com os colegas, com outros profissio-nais de saúde e com os seus superiores;
-Adotar uma atitude proativa perante o desenvolvimento das competências pessoais inerentes à profissão médica, nomeadamente no que se refere à integridade, responsabilidade e interesse pela valorização pessoal;
-Saber reconhecer a importância da formação médica ao longo da vida.

Caracterização geral

Código

11142

Créditos

8

Professor responsável

Prof. Doutor Rui Maio

Horas

Semanais - A disponibilizar brevemente

Totais - A disponibilizar brevemente

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

 

Bibliografia

-“Current Surgical Diagnosis and Treatment” – G. M Doherty;
-“Surgery Scientific Principles & Practice” – Greenfield´s;
-“Cirurgia, Patologia e Clínica” – Alves Pereira;
-“Textbook of Surgery” – Schwartz;
-“Licenciado Médico em Portugal”;
-“The Tuning Project”;
-“Tomorrow´s Doctors”;
-“Relatório do Projeto Nacional de Avaliação das capacidades dos alunos que concluem os Cursos de Licenciatura em Medicina”;
-“Current Surgical Diagnosis and Treatment” – G.M.Doherty, 12th edition, Lange Medical Books;
-“Cirurgia, Patologia e Clínica”, Alves Pereira – 2ª edição McGraw Hill;
-“Textbook of Surgery” – Schwartz;
-TEAM (Trauma Evaluation And Management) Student Manual, American College of Surgeons.

Método de ensino

• aulas teóricas (aulas de carácter expositivo, dirigida a grandes grupos, com duração não superior a 50m)

• aulas teórico-práticas (integram uma componente expositiva e uma componente interativa, dirigidas a pequenos grupos)

• aulas práticas: clínicas (decorrem em situação profissional supervisionada e estão integradas no trabalho assistencial) e não clínicas (visam, sobretudo, a execução de exercícios e de procedimen-tos em pequenos grupos, sob a supervisão de um docente)

No final do estágio de cirurgia os alunos deverão ter consolidado conhecimentos anteriores e obtidas competências clínicas e sociais consideradas imprescindíveis ao exercício profissional futuro.

No que se refere a competências clínicas, os alunos devem demonstrar conhecimentos e saber avali-ar corretamente as situações cínicas mais comuns, determinar as prioridades de atuação e estabele-cer as medidas e procedimentos essenciais para a sua resolução adequada. Devem ainda ter realiza-do ou   observado um determinado número de procedimentos pré-estabelecidos que serão objeto de registo numa caderneta de desempenho (log-book).

Relativamente a competências sociais, é fundamental que os alunos demonstrem saber comunicar corretamente com os doentes e seus familiares, valorizando as suas perspectivas, preocupações e   expectativas. É igualmente imprescindível a demonstração da sua capacidade de comunicação e integração em equipa com os seus pares, com outros profissionais de saúde e com os seus superio-res, bem como da sua atitude traduzida no interesse e motivação para adquirir novos conhecimentos e competências.

Método de avaliação

a) Formas de avaliação:
 A avaliação terá em consideração a participação nas sessões teóricas, teórico-prática e práticas, com registo da assiduidade;

 Enquadradas no processo de avaliação, são realizadas durante o estágio três reuniões obrigatórias entre o tutor e o aluno, agendadas consoante a disponibilidade de ambos. Destas reuniões, deverá resultar um registo no processo individual e validado pelo tutor e pelo aluno;

 A avaliação do tutor é provisória e é dada numa escala de 0 a 20 valores. Para esta classificação contribuem, de uma forma ponderada os aspetos seguintes:

 Nível de conhecimentos demonstrado durante o estágio (NC) (20%);
 Capacidade de integração dos conhecimentos adquiridos na prática clínica (IC) (20%);
 Quantidade e qualidade dos procedimentos realizados (P) (15%);
 Comportamentos e atitudes na prática clínica (CA) (15%);
 Assiduidade (A) (15%);
 Relatório de atividades (RA) (15%);

Assim, a Classificação Provisória (CP) é calculada através da fórmula seguinte e apresentada numa escala de 0 a 20:

CP=(20 NC+20 IC+15 P+15 CA+15 A+15 RA)/100

Conteúdo

Sessões Teóricas:
- Liderança e trabalho de equipa - Engª. Isabel Vaz
-Princípios de gestão em cuidados de saúde - Dr. Artur Vaz
-Papel da simulação no ensino pré-graduado - Dr.ª Francisca Leite
-Risco clínico e performance em cirurgia - Professor Doutor Rui Maio
-Técnicas de comunicação - Dr.ª Graça Rosendo
-Gestão do stress e prevenção do burnout - Dr. Pedro Rocha
-Nutrição e cirurgia - Prof. Dr.ª Marília Cravo
-Medicina baseada no valor - Professor Doutor Rui Maio
-Trauma Evaluation And Management - Dr. José Luís Ferreira
-Programa ERAS – Professor Doutor Rui Maio

Sessões teórico-práticas:
-Comportamentos e atitudes numa enfermaria de Cirurgia – Enfermeiras Teresa Simões e Teresa Afonso;
-Treino, supervisão e aquisição de competências necessárias a quem pratica técnicas invasivas; Considerações éticas e consentimento informado - Dr. António Martins Batista;
-Princípios básicos de controlo da infecção; Técnica para realização de procedimentos estéreis - Dr. Carlos Palos e colaboradores;
-Colocação de acesso venoso periférico/venopunção; Manuseamento de sistemas de soros e se-ringas infusoras; Injecção intradérmica, injecção Intramuscular, injecção endovenosa, injecção subcutânea; Colheita de hemoculturas; Colheita de sangue arterial; Colocação de linha arterial periférica; Colocação de cateter venoso central (jugular, subclávia, femoral) - Dr. António Messi-as e colaboradores;
-Anestesia local; Técnicas de sutura; Drenagem de abcesso; Abordagem do doente com unha     encravada; Abordagem do hematoma subungueal - Professor Doutor Rui Maio e colaboradores;
-Algaliação; Punção suprapúbica – Dr. Rui Sousa e colaboradores;
-Inserção de sonda nasogástrica; Paracentese; Toque rectal; Anuscopia – Professora Doutora      Marília Cravo e colaboradores;
-Entubação traqueal (naso/oro); Manuseamento da via aérea difícil; Cricotiroidotomia de        emergência – Dr. Miguel Ghira e colaboradores;
-Inserção de dreno torácico; Toracocentese; Biopsia pleural – Dra. Sofia Furtado e colaboradores;
-Princípio de abordagem do politraumatizado grave – Dr. Pedro Amado;
-Abordagem primária do politraumatizado – Dr. Pedro Amado.

Ensino Prático:
-Consulta: Acompanhamento do tutor na consulta externa; realização de história clínica e exame objetivo; discussão das hipóteses de diagnóstico e propostas terapêuticas com o tutor; realiza-ção de pensos;
-Internamento: Observação diária de doentes; realização da história clínica e dos diários clínicos; exame objetivo; discussão do diagnóstico e proposta terapêutica de cada caso com o tutor;       realização de pensos;
-Bloco operatório: Preparação individual para participação em atos cirúrgicos; participação nos atos operatórios como 2º ajudante;
-Serviço de urgência: Acompanhamento do tutor durante um período de 12 horas semanais;realização de história clínica; exame objetivo; discussão de propostas diagnósticas e terapêuticas com o tutor; realização de atos na pequena cirurgia; desinfeção e sutura de feridas; drenagem de abcessos;
-Reuniões de serviço e sessões clínicas do hospital: Participação nas reuniões clínicas dos serviços de Cirurgia Geral e de Gastrenterologia e nas sessões clínicas semanais do Hospi-tal.


Mini congresso:
A curiosidade científica e a capacidade de auto-aprendizagem serão estimuladas através da realização de um trabalho da sua apresentação num seminário realizado no final do período de estágio. Estes    trabalhos devem versar um caso clínico acompanhado durante o período de estágio e incluir uma revi-são bibliográfica sobre a patologia em causa.

Trauma Evaluation And Management (TEAM)

O curso TEAM é organizado pelo ATLS Portugal e pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia, segundo o  formato educativo proposto pelo American College of Surgeons para estudantes de Medicina. Tem   como objetivos:
-Descrever os princípios fundamentais da Abordagem Inicial;
-Identificar a sequência correta das prioridades de abordagem;
-Rever técnicas de ressuscitação adequadas;
-Valorizar a história do paciente;
-Compreender os mecanismos de cada lesão;
-Identificar conceitos de “teamwork” no tratamento do traumatizado grave.

O curso TEAM integra uma componente teórica e uma componente prática com quatro bancas práti-cas: Via Aérea, Choque, Trauma Vertebro-medular e RX em Trauma. É realizado no início de cada rota-ção, sendo obrigatória a presença nas palestras e a assistência às bancas práticas na íntegra para atri-buição do Diploma do Curso. Os materiais de apoio são disponibilizados no Moodle.


A componente teórica é ministrada em conjunto para todos os alunos no Hospital Beatriz Ângelo. A componente prática é realizada no NOVA Medical Simulation Centre, localizado no piso 3 do Edifício da Biblioteca da NMS|FCM. A distribuição dos alunos na componente prática e respetivos horários será oportunamente disponibilizada no Moodle. Não são permitidas trocas/alterações à distribuição de   turmas calendarizada.

Cursos

Cursos onde a unidade curricular é leccionada: