Literatura Portuguesa Contemporânea

Objetivos

Espera-se que os alunos:
a) façam uma leitura atenta de algumas obras da literatura portuguesa do século XX;
b) desenvolvam a capacidade de conceptualização e crítica na leitura das obras seleccionadas;
c) adquiram capacidade para propor novas interpretações dos textos contemplados para análise

Caracterização geral

Código

722091081

Créditos

10.0

Professor responsável

Golgona Luminita Anghel

Horas

Semanais - 3

Totais - 280

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

Não aplicável

Bibliografia

Textos de leitura aconselhada:
Bessa-Luís, Agustina, “No caminho de Emaús” (1954), in Contos Impopulares, Lisboa, Guimarães Editores, 2004, pp. 99-109.
Bragança, Nuno, A Noite e o Riso (1970), Lisboa, Círculo de Leitores, 1986.
Llansol, Maria Gabriela, O Livro das Comunidades (1977), Lisboa, Assírio & Alvim, 2017.
Oliveira, Carlos de, Finisterra (1978), Lisboa, Assírio & Alvim, 2003.
Pessoa, Fernando, O banqueiro anarquista (1922), edição e notas de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999.
Velho da Costa, Maria, Missa in Albis (1988), Lisboa, Assírio & Alvim, 2016.

Método de ensino

As aulas terão um carácter teórico e prático, apoiando-se sempre numa relação próxima de leitura intensiva das obras.
No início do semestre, será fornecida aos alunos uma antologia de textos críticos.
Espera-se que os alunos leiam antecipadamente os textos previstos para reflexão na aula.

Método de avaliação

Apresentação oral(30%), Realização de um trabalho escrito(70%)

Conteúdo

Propomos uma leitura transversal ao objecto literário, como modo de o experimentar enquanto laboratório de uma questão que o excede e que, no entanto, não se deixa apreender senão no seu interior: viver junto. O tema funcionará enquanto dispositivo de criação, força de expressão, germinação da escrita.
Tópicos: 1. Antes de começar: “como viver juntos?”, 2. Agustina Bessa-Luís, “divergir do tempo, recompor o mundo”; 3.1. Maria Velho da Costa, “contar para viver: a hipótese ficcionada de um espaço familiar”; 3.2. “um amor ímpar”; 4.1. Carlos de Oliveira, “ruínas para uma memória”, 4.2. “estratégias do comum: habitar, acolher, estar atento ao outro”; 5.1. Nuno Bragança, “circulação do interdito”, 5.2. “configurações do incerto”; 6.1. Maria Gabriela Llansol, “geografia da desordem”/ “figuras da dissipação”, 6.2. “comunidades de excepção”; 7. Fernando Pessoa, “ética do egoísmo e apologia de uma comunidade anarquista”.