Problemas de Arte Contemporânea

Objetivos

— Identificar questões filosóficas apresentadas e suscitadas pela criação artística contemporânea e sua articulação com o legado da tradição estética e filosófica.
— Desenvolver a capacidade de relacionar o 'mundo da arte' com problemas teóricos extra-artísticos.
— Desenvolver a articulação escrita e oral da experiência estética de obras de arte e da sua relação com questões filosóficas.

Caracterização geral

Código

722031056

Créditos

10.0

Professor responsável

Maria João Mayer Branco

Horas

Semanais - 3

Totais - 280

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

N/A

Bibliografia

ARISTOTE, L’homme de génie et la mélancholie. Problème XXX, 1 (traduction, présentation et notes de J. Pigeaud), Éditions Payot et Rivages, Paris, 2006
BAUDELAIRE, Charles, Oeuvres complètes, Robert Laffont, Paris, 1980
BENJAMIN, Walter, A modernidade, Assírio e Alvim, Lisboa, 2006
BENJAMIN, Walter, A origem do drama trágico alemão, Assírio e Alvim, Lisboa, 2004
FREUD, Sigmund, « Deuil et mélancholie » in : Métapsychologie, Gallimard, Paris, 2016, pp. 145-171
FREUD, Sigmund, O mal-estar na civilização, Relógio d’água editores, Lisboa, 2008
KLIBANSKY, R./ PANOFSKY, E./ SAXL, F., Saturne et la mélancholie. Études historiques et philosophiques: nature, religion, médecine et art, Gallimard, Paris, 1989
NIETZSCHE, Friedrich, A gaia ciência, vol. II Círculo de Leitores, Lisboa, 1996
NIETZSCHE, Friedrich, Humano, demasiado humano I, vol. II, Círculo de Leitores, Lisboa, 1996

Método de ensino

Dada a dimensão da turma (c. 30 alunos) e as circunstâncias que determinam que as aulas decorram online, as sessões serão de cariz expositivo, incluindo análise textual dos textos em estudo. 

Método de avaliação

Assiduidade e Participação(15%), Ensaio escrito (máx. 12 páginas)(85%)

Conteúdo

O seminário será dedicado a uma reflexão sobre a noção e o fenómeno da melancolia e a sua relação com a arte na cultura ocidental, tendo como ponto de partida alguma filmografia recente. Com recurso à leitura de textos de Aristóteles, Nietzsche, Freud e Baudelaire, e ao seu cruzamento com as perspectivas histórica, estética e médica, procurar-se-á esclarecer em que medida a melancolia constitui um problema que resiste ao controlo de um saber específico ou determinado, que atravessa a cultura ocidental e persiste naquilo a que chamamos ‘a contemporaneidade’, também artística.