Antropologia do Simbólico
Objetivos
- Introduzir os estudantes às principais perspectivas téoricas que se cruzam e se debatem no âmbito da Antropologia do Simbólico na segunda
metade do século XX;
- Promover capacidade crítica em relação às articulações e tensões entre descrição etnográfica, interpretação e teorização;
- Fomentar a reflexão comparativa mostrando como as contradições e divergências teóricas entre os autores estudados contêm frequentemente
em germe teorias emergentes.
Caracterização geral
Código
01101431
Créditos
6.0
Professor responsável
Susana Salvaterra Trovão
Horas
Semanais - 4
Totais - 168
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
Não aplicável.
Bibliografia
Bateson, G. (1936) Naven, London, Cambridge University Press
Evans-Pritchard, E. E. (1970), Nuer Religion [1956], Oxford, Oxford University Press
Firth, R. (1973) Symbols, Public and Private, London, George Allen & Unwin Ltd
Godelier, M. (2000) O enigma da dádiva, Lisboa, Edições 70
Leach, E. (1978) Cultura e comunicação, Rio de Janeiro, Zahar Editores
- (1980) L’unité de l’homme et autres essais, Paris, Gallimard
Lévi-Strauss, C. (1958) Anthropologie structurale, Paris, Plon
- (1971) Mythologiques, IV – L’homme nu, Paris, Plon
Turner, V. (1967) The Forest of Symbols. Aspects of Ndembu Ritual [1967], Ithaca and London, Cornell University Press
(1974) O processo ritual. Estrutura e anti-estrutura [1969], Petrópolis, Editôra Vozes
Método de ensino
As aulas são constituídas por uma componente expositiva das ideias-chaves de cada módulo programático por parte do docente; uma
componente de interacção com os estudantes (através de questões e outras intervenções); e uma componente de debate sobre tópicos específicos.
Método de avaliação
avaliação é constituída por uma prova escrita (50%), e pela realização de pequenos exercícios de debate em aula(50%)
Conteúdo
Enquadramentos ao conceito de símbolo (da Grécia antiga ao início da antropologia moderna)
A ruptura idealista na construção das formas simbólicas por Cassirer
O paradoxos da teorização linguística sobre o símbolo: de Peirce a Sausure, de Jakobson a Fonagy
Acção ritual, processos de diferenciação ethológica e comunicação paradoxal [Bateson 1936]
A superação do estruturo-funcionalismo através da religião [Evans-Pritchard 1956]
O corpo e as relações primordiais, o processo ritual e a communitas como fons et origo de todas as simbolizações [Turner 1967, 1969]
As propostas estruturalistas [Lévi-Strauss 1949 a 1971] e as primeiras críticas de Leach, Mary Douglas e Turner
Da dinâmica social e da estrutura das ideias às contradições entre as motivações e o ritual [Leach 1954, 1967, 1979]
Dar e guardar: o simbólico na construção dos fundamentos identitários e das relações dos grupos sociais [Godelier 1996]