International Relations
Objetivos
Embora não deseje, de forma alguma, contornar uma questão bastante complicada, o presente Programa não foi projetado para futuros especialistas em Relações Internacionais, mas para futuros juristas. Suas ambições são modestas, pois visam fornecer pouco mais do que uma introdução a uma disciplina acadêmica - mesmo que de maneira bastante rica e um tanto exigente. Principalmente, oferece aos alunos uma série detalhada de análises das relações internacionais contemporâneas da perspectiva sócio-científica das Relações Internacionais (RI). Isso não é, de modo algum, um exemplo, já que o Programa transmite grande parte da essência do que a RI se tornou: um assunto animado e muito técnico, profundamente preocupado com as questões políticas internacionais mais prementes do mundo de hoje . Essas ambições e objetivos serão realizados seletivamente durante o semestre.
Caracterização geral
Código
27136
Créditos
4
Professor responsável
Armando Manuel de Barros Serra Marques Guedes
Horas
Semanais - 3
Totais - A disponibilizar brevemente
Idioma de ensino
Inglês
Pré-requisitos
A disponibilizar brevemente
Bibliografia
Headley Bull, (1977), ¿The nature of order in world politics¿, em The Anarchical Society. A study of order in world politics: 3-53, MacMillan, London.
Armando M. Marques Guedes (1984), ¿O estatuto científico das Relações Internacionais¿, Nação e Defesa 28: 3-15, Instituto de Defesa Nacional, Lisboa.
Martin Hollis e Steven Smith (1990), ¿The growth of a discipline¿, in Explaining and Understanding International Relations: 16-45, Clarendon Press, Oxford.
Henry Kissinger (1994), ¿The new world order¿, in Diplomacy: 17-29, Simon & Schuster, New York.
Armando Marques Guedes (2007), ¿A Teoria Internacional de Adriano Moreira: uma apresentação¿, em Adriano Moreira, A Comunidade Internacional em Mudança: 7-34, Almedina, Lisboa, in https://www.academia.edu/9305125/A_Teoria_Internacional_de_Adriano_Moreira_uma_apresentação
___________________(2008), Raising Diplomats. Political, genealogical and administrative constraints in training for diplomacy, Favorita Series, Diplomatiche Akademie, Vienna, Austria., in https://www.academia.edu/9202047/_2008_Armando_Marques_Guedes_Raising_Diplomats_political_genealogical_and_administrative_constraints_on_patterns_of_training_for_diplomacy_published_as_a_monograph_in_the_Favorita_Series_of_the_Diplomatische_Akademie_Wien_Austria_with_a_Preface_by_Jiri_Gruja_
Chris Pentland (1991, original 1976), ¿International organizations and their roles ¿, in (ed.) R. Little and M. Smith, Perspectives on World Politics: 242-249, Routledge.
Joseph S. Nye (1992, original 1990) ¿O Mundo pós-Guerra Fria: uma nova ordem no Mundo?¿, Política Internacional 5(1): 79-97 [from the original US edition, entitled The Sources of American Power].
Henry Kissinger (1994), ¿¿The new face of diplomacy: Wilson and the Treaty of Versailles¿, in Diplomacy, op. cit.: 218-246, ¿The dilemmas of the victors¿, op. cit.: 246-266, e ¿America re-enters the arena: Franklin Delano Roosevelt¿, op. cit.: 369-394.
Joseph S. Nye (1997), ¿Balance of power and World War I¿, ¿The failure of collective security and World War II¿ and ¿The Cold War¿, and Understanding International Conflict. An introduction to theory and history: 50-71, 74-95 e 98-129., Longman.
____________(2002), ¿Redefining the national interest¿, in The Paradox of American Power. Why the world¿s only superpower can¿t go it alone: 137-173, Oxford University Press.
Edward Keene (2002), Beyond the Anarchical Society. Grotius, colonialism and order in world politics, Cambridge University Press.
Armando Marques Guedes (2007), ¿As Organizações Internacionais de hoje: de onde e para onde?¿, Portugal e as Relações Internacionais, em Negócios Estrangeiros 11.2: 27-45, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa. https://www.academia.edu/9201669/As_Organizações_Internacionais_ontem_e_hoje
Ernest Renan (1994, original 1883), Qu¿est-ce qu¿une nation?, in (ed.) J. Hutchinson and A. Smith, Nationalism: 17-18, Oxford University Press [from here onward (1)].
Hans Kohn (1945), ¿Western and Eastern nationalisms¿, in The Idea of Nationalism: 18-20, 329-331, MacMillan, New York.
Frederik Barth (1996, original 1969), ¿Ethnic groups and boundaries¿ in (ed.) J. Hutchinson and A. Smith, Ethnicity: 69-74, Oxford University Press [doravante (2)].
Walker Connor (1978), ¿A nation is a nation, is a state, is an ethnic group, is a ¿¿, Ethnic and Racial Studies 1-4: 379-388.
Anthony Smith (1991), ¿National and other identities¿, in National Identity: 1-18, Penguin.
Benedict Anderson (1991), ¿The origins of national consciousness¿, in Imagined Communities. Reflections on the origin and spread of nationalism: 36-46, Verso London.
Michael Ignatieff (1993), ¿Civic and ethnic nationalism¿, in Blood and Belonging: journeys into the new nationalism: 5-14, The Noonday Press, New York.
Para ter acesso ao programa completo tal como entregue aos alunos, ver a disciplina em https://unl-pt.academia.edu/ArmandoMarquesGuedes/curricula-(progr-&-biblio-)-of-disciplines-taught
Método de ensino
Para cada sessão, há uma bibliografia de leitura obrigatória. A maioria dos textos listados está disponível na Faculdade, na Biblioteca, disponível gratuitamente para download nos sites indicados ou em outras bibliotecas acadêmicas vizinhas.
Enquanto as quatro primeiras sessões do Programa são 'palestras magisteriais', as últimas incluem a possibilidade de uma pequena apresentação do tema por grupos selecionados de estudantes, seguidas de discussões em torno deles. As apresentações são voluntárias e podem elevar a avaliação final.
Método de avaliação
Em termos de regras da faculdade, há um exame final obrigatório. Tanto para o exame como para os resumos apresentados que servirão de base para discussões na segunda parte do Programa, a avaliação dependerá da clareza no uso dos conceitos de Relações Internacionais utilizados e discutidos (40%), do conhecimento dos exemplos tratados (20%) e na criatividade exibida (40%).
Conteúdo
Seção 1 - Alguns conceitos operacionais gerais:
- A SEDIMENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS. DO SISTEMA INTERNACIONAL À SOCIEDADE INTERNACIONAL. ESTADO, SOBERANIA, POLÍTICA EXTERNA E DIPLOMACIA
- REALISMO, LIBERALISMO E ESTRUTURALISMO. PODER, SEUS LUGARES E ESCOPO. DO EQUILÍBRIO DE PODER À SEGURANÇA COLETIVA. A ascensão e progressão das organizações internacionais
Seção 2 ALGUNS CONTROLOS E NOÇÕES ESPECÍFICAS:
- NACIONALISMO, ETNICIDADE E IDENTIDADE: CONTEXTOS E TIPOLOGIAS
- SOBRE AS VÁRIAS INTERPRETAÇÕES DE NACIONALISMO E ETNICIDADE. DO PRIMORDIALISMO AO INSTRUMENTALISMO E CONSTRUTIVISMO
Parte I
O FIM DA CONFIGURAÇÃO BIPOLAR PÓS-1945: RECONFIGURAÇÕES APÓS A IMPLOSÃO E A FRAGMENTAÇÃO DOS DOIS GRANDES BLOCOS. IMAGENS DE CONFLITOS, ESTADOS PÓS-BIPOLARES E MODELOS DE REGULAMENTO DE CONFLITOS:
- ESTADOS ANTIGOS E MODERNOS E CONFLITOS NACIONAIS RELIGIOSOS: COMPARANDO CONTEXTOS COLONIAIS E PÓS-COLONIAIS
- OS DENOMINADORES GERAIS COMUNS: TRADIÇÃO CONTRA A MODERNIDADE, ECONOMIA, POLÍTICA, DESENVOLVIMENTO E AUTO-DETERMINAÇÃO
- LIMPEZA ÉTNICA E GENOCIDOS, VIOLÊNCIA E MOVIMENTO URBANO
- SOLUÇÕES AUTONÔMICAS OU FEDERALISTAS, COMPARTILHAMENTO DE PODER E ELITE, ARRANJOS TERRITORIAIS, INDIGENIZAÇÃO E AÇÃO AFIRMATIVA, MODELOS PLURALISTAS E DEMOCRACIA
- NACIONALISMOS CONTEMPORÂNEOS, ETNICIDADE E RELIGIÃO. EROSÃO OU REPARTIÇÃO E RESSURECÇÃO? Estamos testemunhando o surgimento de novos tipos de comunidade política e avançando em direção a um novo sistema internacional e a um novo tipo de ordem mundial?
- QUAL É O IMPACTO POLÍTICO INTERNACIONAL REAL DE NOSSAS NOVAS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO?
Parte 2
ALGUNS DOS CENÁRIOS INTERNACIONAIS EMERGENTES, GEOPOLÍTCA, A NOVA CENTRALIDADE DA BACIA OCEANA E RELIGIÃO
- RÚSSIA E SUA INVASÃO EM AGOSTO DE 2008 NA GEÓRGIA. UM CONFLITO ETNO-NACIONALISTA OU UMA REVISÃO DE VESTIDO PARA UM FUTURO MULTIPOLAR? O QUADRO GEOPOLÍTICO INICIAL DE TENSÕES E CONFLITOS NA SÍRIA, O RESTO DO MAIOR MÉDIO ORIENTE, UCRÂNIA, O MAIOR CAUCASUS E A ÁSIA CENTRAL
- ISIS E "ISLAMISMO RADICAL MODERNO": UM NOVO DEMEANOR POLÍTICO-MILITAR E SUAS FORMAS ORGANIZACIONAIS. AS NOVAS FACES DO IRREDENTISMO RELIGIOSO PÓS-MODERNO OU AINDA UM MODELO MODERNO (OU MESMO PRÉ-MODERNO)?
- EUROPA, ISIS, Síria, Iraque, Líbia, Irã, Arábia Saudita, Iêmen, África Subsaariana. O QUE REALMENTE ESTÁ ACONTECENDO COM OS ¿MIGRANTES¿ E OS ¿REFUGIADOS¿ QUE FLUEM NA EUROPA? A INTERDEPENDÊNCIA INTRICADA DE CONFLITOS - QUAIS SÃO AS INTERVENÇÕES HUMANITÁRIAS?
- UCRÂNIA, HORMUZ, RÚSSIA, OTAN, UE, O "OESTE". O RETORNO DOS GEOPOLÍTICOS
- GEOPOLÍTICOS E THALASSO OU MAREPOLÍTICOS? QUAL É A FORMA POLÍTICA EMERGENTE DA ORDEM MUNDIAL?