Termodinâmica de Processos

Objetivos

Conhecimento: Aprendizagem dos conceitos básicos de Termodinâmica e os relevantes para Ciência de Materiais. Aprendizagem de terminologia Física correta; Introdução à metrologia (medida, tratamento de resultados); Familiarização com instrumentação.

Caracterização geral

Código

12692

Créditos

6.0

Professor responsável

António Alberto Dias

Horas

Semanais - 4

Totais - 63

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

É recomendada a aprovação prévia nas disciplinas de "Análise Matemática I" e "Física I".

Bibliografia

Introduction to the Thermodynamics of Materials, David R. Gaskell, Taylor & Francis ed. Fundamentals of Physics; Halliday/Resnick/Walker
Apontamento de Termodinâmica.

Método de ensino

A disciplina está dividida em duas componentes: teórica e prática. As aulas teóricas decorrem em 2 sessões semanais de 1,5h/1h e incluem resolução de problemas tipo. As aulas práticas, com uma carga horária de 2h de duas em duas semanas, estão divididas em aulas de problemas e aulas laboratoriais. Nas primeiras são realizados alguns problemas das séries, bem como, em dois momentos de avaliação, dois problemas para nota.
Nas aulas laboratoriais são realizados trabalhos experimentais com o objectivo de acompanhar e verificar fenómenos e processos físicos descritos nas aulas teóricas e a desenvolver competências na montagem de laboratório e na experimentação. Além dos problemas para nota e dos relatórios a que corresponderá uma nota prática, os alunos fazem dois testes de avaliação e/ou exame para obter uma nota teórica. A nota final é dada pela soma de 70% da nota teórica com 30% da nota prática.

Método de avaliação

Artigo 1.º - Componente Teórica – T
1. A participação ativa em aula obriga à inscrição no turno teórico, T.
2. No início do semestre é disponibilizado uma programação provisoria das aulas e testes.
3. A avaliação desta componente é efetuada através de prova de conhecimentos por testes ou exame. No âmbito da avaliação contínua serão efetuados 2 testes ao longo do semestre, cuja classificação é arredondada às décimas.
4. A classificação da componente T (CT) é a média aritmética, arredondada à unidade, das classificações obtidas nos testes ou a classificação do exame final.
5. O estudante que obtenha uma classificação CT igual ou superior a 10 valores obtêm aprovação na componente teórica.

Artigo 2.º - Componente Teórico-Prática – TP
1. As aulas teórico-práticas são obrigatória, com registo de presenças, para todo o estudante sem frequência.
2. Não é aceite justificação de ausências. Cada estudante deve gerir a possibilidade de poder não comparecer a 1/3 das aulas para eventuais compromissos ou situações imponderáveis, incluindo situações pontuais de doença.
3. Estudante com frequência está dispensado das aulas TP.
4. Nestas aulas serão discutidos e resolvidos problemas sobre a matéria lecionada nas aulas teóricas.
5. A avaliação da componente teórico-prática (CTP) é a média aritmética, arredondada à unidade, das duas melhores classificações obtidas nos minitestes que serão ministrados aleatoriamente nas aulas teórico-práticas. Ausências aos minitestes corresponde a uma nota igual a zero.

Artigo 3.º - Componente Prática – P
1. As aulas práticas são obrigatória, com registo de presença, para obter frequência. Os estudantes com frequência estão dispensados desta componente.
2. As aulas práticas têm duração de 2 horas e funcionarão em semanas alternadas; exceto a primeira aula que funciona em simultâneo para ambos os turnos.
3. Na primeira aula prática de cada turno são constituídos os grupos de trabalho de laboratório (2 estudantes por grupo); é efetuada uma revisão sobre a análise de resultados; e é apresentado o planeamento das aulas práticas.
4. A execução de cada trabalho de laboratório e respetivo mini-relatório é classificada de 0 a 20 valores. A ausência à aula ou a não entrega de relatório é classificada com zero valores.
5. O estudante que obtenha uma nota média nos mini-relatórios, MR, arredondada à unidade, superior ou igual a dez valores é aprovado na componente de laboratório.
6. O estudante aprovado na componente de laboratório têm acesso a um teste prático, Tp, no final do semestre, individual e sem consulta, podendo envolver questões de todos os trabalhos previstos para o seu grupo e os conteúdos relativos à análise de resultados.
7. A nota da componente prática, CP, arredondada à unidade, é 70% da nota MR mais 30% da nota obtida no Tp.

Artigo 4.º - Frequência
1. O estudante que participe, em pelo menos, 2/3 das aulas TP e obtenha na componente prática uma nota CP igual ou superior a dez valores obtêm frequência.
2. A lista de estudantes com frequência em anos anteriores estará no CLIP em "Documentação de Apoio > Outros, até ao final da primeira semana de aulas.

Artigo 5.º - Aprovação
1. O estudante com frequência e que obtenha uma nota CT maior ou igual a dez valores, obtêm aprovação nesta UC.

Artigo 6.º - Classificação Final
1. A classificação final (CF) é o resultado da seguinte expressão aproximado à unidade:
CF = CT×0,6 + CTP×0,1 + CP×0,3 # com frequência em 2023-2024
CF = CT×0,7 + CP×0,3 # com frequência em 2022-2023 ou anterior
2. Se a classificação final for superior a 16 valores, o estudante é admitido a uma prova adicional (ex.: oral).
3. Na prova adicional o estudante pode subir ou descer a sua classificação, com garantia de nota mínima de 16 valores.
4. A ausência à prova adicional traduz a aceitação por parte do estudante da nota final de 16 valores.

Artigo 7.º - Melhoria de Nota
1. O estudante que pretenda efetuar melhoria de nota deve cumprir, para esse efeito, as formalidades legais de inscrição.
2. O estudante que obtenha classificação final, por melhoria, superior a 16 valores fica sujeito às condições descritas nos pontos 2, 3 e 4 do Artigo 6.º.

Artigo 8.º - Conduta em Aula
1. Para que todos beneficiem da experiência de aprendizagem é exigido todo estudante que respeite nas aulas o seguinte:
a. Pontualidade: Deverá estar presentes na sala à hora de começo da aula. O docente poderá impedir a entrada para atrasos superiores a 5 minutos;
b. Preparação das aulas e participação nas discussões: A participação ativa exige que que cada estudante prepare a matéria apresentada e discutida nas aulas, e que contribua positivamente para as discussões científicas dos temas.

Artigo 9.º - Testes e Exame
1. Cada teste incidirá essencialmente sobre toda a matéria lecionada nas aulas Teóricas até à aula anterior ao teste.
2. Apesar da avaliação nos testes não ser cumulativa, e devido à natureza dos assuntos abordados nesta UC, não é excluído que um elemento de avaliação se socorra de conhecimentos respeitantes à matéria avaliada em elemento(s) anterior(es).
3. O horário e salas dos testes e exame serão publicados no CLIP, no dia da prova.
4. Cada estudante só poderá ter consigo durante a prova de avaliação:
a. Caneta/esferográfica;
b. Documento de identificação com fotografia;
c. Máquina de calcular científica, não programável e não gráfica.
5. Durante a realização das provas não é permitido a consulta de quaisquer elementos pessoais ou de outrem, para lá do formulário pessoal que pode ocupar no máximo uma página.
6. Não é permitido desagrafar as folhas dos enunciados.
7. A prova será anulada se não forem satisfeitos os n.ºs 4, 5 ou 6.
8. Situações de fraude, em qualquer momento de avaliação, serão tratadas como indicado no regulamento de avaliação de conhecimentos desta Faculdade.

Artigo 10.º - Outros
1. Quando contactar por mensagem eletrónica, qualquer docente, deve indicar no “Assunto” a seguinte informação: “Biotermodinâmica - Nome – N.º de estudante – Assunto”.
2. Questões cuja resposta conste nos Método de Avaliação ou na página desta UC no CLIP, não são respondidas.

Conteúdo

1- Conceitos termodinâmicos
Sistema, fronteira, estados e suas propriedades termodinâmicas. Processos e equação de estado. Propriedades termoelásticas. Estado de equilíbrio. Equação de Estado. Diagrama de equilíbrio de fases e componentes termodinâmicas. Lei zero; 1.ª Lei; 2.ª Lei e 3.ª Lei da Termodinâmica. Potenciais termodinâmicos.

2- Primeira lei da Termodinâmica
Formas de energia e energia interna. Calor, calorimetria e calores específicos de gases. Trabalho de configuração. Outras formas de trabalho: trabalho magnético; trabalho elétrico; trabalho de superfície. Primeira Lei. Entalpia e calor Latente. Influência da pressão e temperatura na entalpia. Lei de Kirchhoff. Variação de entalpia de uma reação. Equações de energia interna. Equações de Poisson e Relação de Mayer. Processo reversíveis: adiabático, isotérmico, isocórico, isobárico, etc. Casos particulares.

3- Processos de Transferência de Calor
Condução – Lei de Fourier. Convecção – Lei de Arrefecimento de Newton. Radiação – Lei de Stefan-Boltzmann.

4- Segunda lei da Termodinâmica
Processo espontâneo. Medida da irreversibilidade – Entropia. Processo reversível. Cálculo de entropia. Enunciados clássicos de entropia. Propriedades das máquinas térmicas: máquina de Carnot. Teorema de Carnot. Escala termodinâmica de temperatura. Diagrama TS. Desigualdade de Clausius. Trabalho máximo. Relação fundamental da termodinâmica. Equações TdS e outras equações de energia. Entropia estatística. Manifesto de Entropia. Propriedades das máquinas térmicas: máquina de Carnot. Escala termodinâmica de temperatura. Segunda Lei da Termodinâmica. Influência da pressão e temperatura na entropia Trabalho máximo. Entropia e critério de equilíbrio. Manifesto da 1.ª e 2.ª Leis combinadas. Interpretação estatística de entropia. Microestados e configurações de entropia. Distribuição de Boltzmann. Influência da temperatura. Equilíbrio térmico. Equação de Boltzmann.

5- Dispositivos de Potência e Refrigeração
Máquinas de Carnot e de Sterling. Ciclo de Rankine. Bomba de Calor e Máquina de Refrigeração.

6- Potenciais termodinâmicos
Energia interna e entalpia. Energia de Helmholtz. Energia de Gibbs Diagramas HT e GT. Aplicação em sistema fechado e com campos eletromagnéticos; e com alteração de composição. Relações de Maxwell. Equação de Gibbs-Duhem. Equação de Gibbs-Helmholtz.

7- Termodinâmica de processos e Terceira Lei da Termodinâmica
Lei de Dulong-Petit. Modelo de Einstein. Lei de Debye. Efeito da pressão na entalpia. Energia de Gibbs e entropia do processo. Terceira Lei.

8- Termodinâmica de equilíbrio
Variação da energia de Gibbs em função da temperatura e da pressão. Análise de fase gasosa, líquida, sólida e transição de fase. Transição de fase de 1.ª ordem e outras. Regra de equilíbrio de fases de Gibbs. Equação de Clausius-Clapeyron. Substâncias puras e misturas. Energia de Gibbs e capacidade térmica a pressão constante. Representação gráfica. Equilíbrio ente fases. Efeito do campo magnético – Diagrama PT.

9- Comportamento termodinâmico de gases
Relações PVT em gases. Propriedades de um gases ideais e mistura de gases ideais. Misturas: Fração molar; Lei de Dalton das pressões parciais; Quantidades parciais molares. Entalpia, energia de Gibbs e entropia de mistura de gases ideais. Desvio da idealidade e equações de estado de gases reais. Fluido de van der Walls. Outras equações de estado de gases não ideais. Complemento termodinâmico de gases não ideais.

10- Comportamento termodinâmico de soluções
Lei de Raoult e Lei de Henry. Atividade termodinâmica de componente de solução. Equação de Gibbs-Duhem. Energia de Gibbs de formação numa solução: Energia de Gibbs molar de uma solução e energias de Gibbs molares parciais dos componentes da solução; Variação da energia de Gibbs por formação da solução; Método da interseção de tangentes. Propriedades de soluções ideais: variação de volume por formação se solução ideal; entalpia e entropia de formação de solução ideal. Soluções não ideais. Aplicação da relação de Gibbs-Duhem para determinação de atividade: relação entre as leis de Henry e Raoult; cálculo direto da energia de Gibbs molar total da mistura. Soluções regulares. Modelo estatístico de soluções: Extensão do modelo de solução regular – parâmetro de ordem atómica; Inclusão de interações de segunda vizinhança. Soluções subregular. Modificação do modelo de soluções regulares para polímeros.

Cursos

Cursos onde a unidade curricular é leccionada: