Paleobotânica e Palinologia
Objetivos
Dar formação de base com vista à caracterização dos aspetos gerais da evolução das plantas ao longo da história da Terra e sua importância para a Estratigrafia e para a reconstituição e o conhecimento dos ambientes e dos climas do passado.
Incluem ainda a caracterização dos objetos de estudo da Palinologia (quistos de dinoflagelados, esporos, pólenes) e são desenvolvidos os aspetos relacionados com a utilização aplicada destes grupos de fósseis em cronostratigrafia e na reconstituição de ambientes e climas do passado.
Desenvolver conhecimentos sobre Paleobotânica e Palinologia portuguesa, considerando os intervalos estratigráficos mais representativos;
Relevar a importância científica, didática e histórica dos fósseis de macrorrestos vegetais e de palinomorfos.
Caracterização geral
Código
10930
Créditos
6.0
Professor responsável
Ligia Nunes de Sousa Pereira de Castro
Horas
Semanais - 3
Totais - 51
Idioma de ensino
Português
Pré-requisitos
Não se exigem requisitos prévios.
Bibliografia
Davis, P. & Kendrick, P. (2004). Fossil plants (living past). The Natural History Museum, 192p.
Jansonius, J. & Mcgregor, D.C. (1996). Palynology: principles and applications. Vol. 1 - Principles. A.A.S.P. Foundation: 462p.
Meyen, S. (1987). Fundamentals of palaeobotany. Chapman & Hall, London, 432p.
Simpson, M. (2006). Plant systematics. Elsevier Academic Press, 590p.
Sousa, L.; Rivas-Carballo, M.R. & Pais, J. (1999). Dinoflagelados. Nomenclatura portuguesa. Ciências da Terra, 13: 35-57.
Taylor, T. N., Taylor, E. & Krings, M.(2009). Paleobotany. The biology and evolution of fossil plants. Second Edition. Elsevier, 1230 p.
Teixeira, C. & Pais, J. (1976). Introdução à paleobotânica. As grandes fases da evolução dos vegetais. Ed. autores, Lisboa, 210 p.
Traverse, A. (1988). Paleopalynology. Unwin Hyman, 600 p.
Método de ensino
O ensino, apoiado na utilização de projeções multimédia, incluirá aulas teóricas e práticas.
Nas aulas práticas os alunos irão aprender o procedimento laboratorial com o tratamento de amostras para pesquisa de quistos de dinoflagelados, esporos e pólenes, obtenção de resíduos palinológicos, preparação de lâminas delgadas e observação ao microscópio óptico para análise palinológica; palinofácies, identificação de algumas formas.
Observação de coleções de macrorrestos vegetais representativos da evolução da vegetação ao longo do tempo.
A avaliação terá uma componente contínua, através da realização de um trabalho escrito, apresentado em PPT, seguido de discussão.
Método de avaliação
A avaliação é composta por 2 elementos fundamentais: avaliação periódica prática (trabalhos semanais sobre o grupo em estudo) e trabalho final sistemático:
A nota final da UC é obtida através da soma dos resultados parciais das avaliações, efetuando-se arredondamentos apenas na nota final. Terá aprovação com classificação mínima de 9.5 valores.
Conteúdo
Teóricas
1. Introdução. Aspetos gerais de Paleobotânica e de Palinologia. Sínteses históricos. Sistemática, Nomenclatura e Taxonomia. Métodos e técnicas de estudo em Paleobotânica e em Palinologia.
2. Aspetos gerais da morfologia das plantas. Morfologia de folhas, caules, esporos e polénes. Dinoflagelados.
3. Processos de fossilização das plantas.
4. Métodos de recolha, preparação e de estudo. Construção de diagramas polínicos e sua interpretação. Palinofácies.
5. Aspetos gerais da paleoecologia. Os vegetais fósseis como indicadores ambientais e climáticos. Curvas climáticas.
6. Classificação de palinomorfos e de vegetais.
7. Evolução dos palinomorfos e das plantas no tempo com especial ênfase nos fósseis portugueses. Origem da vegetação terrestre. Aspetos gerais das plantas do Paleozóico e do Mesozóico. Origem e expansão das angiospérmicas. A vegetação do Cenozóico. Degradação progressiva da vegetação na Europa durante o Quaternário. Estabelecimento da vegetação mediterrânica.
Práticas
Observação de coleções de macrorrestos vegetais representativos da evolução da vegetação ao longo do tempo. Aprendizagem de técnicas e métodos de estudo de palinomorfos: preparação laboratorial (desagregação mecânica das amostras, eliminação da fração mineral através de tratamentos químicos, limpeza e concentração de palinomorfos, montagem de lâminas).