Temas de Filosofia Antiga

Objetivos

a) Adquirir um conhecimento aprofundado de figuras relevantes do pensamento filosófico antigo e de alguns dos seus textos.
b) Adquirir um conhecimento aprofundado dos problemas filosóficos mais significativos do pensamento antigo.
c) Adquirir um conhecimento aprofundado das principais linhas de desenvolvimento da filosofia antiga.
d) Desenvolver a capacidade de situar conceitos, concepções metodológicas e posições doutrinais no contexto da filosofia antiga.
e) Adquirir um conhecimento aprofundado da terminologia filosófica antiga e do seu papel a génese da terminologia filosófica.
f) Adquirir a capacidade de leitura crítica e autónoma de alguns textos filosóficos fundamentais da filosofia antiga.
g) Desenvolver a capacidade de identificar os nexos entre problemas e concepções da filosofia antiga e questões filosóficas actuais.
h) Adquirir a capacidade básica de investigação de problemas na área da Filosofia Antiga.

 

 

Caracterização geral

Código

711031071

Créditos

6.0

Professor responsável

António Jorge de Castro Caeiro

Horas

Semanais - 4

Totais - 168

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

Não aplicável.

Bibliografia

Charles, David. The undivided self: Aristotle and the “mind-body problem.” Oxford, United Kingdom: Oxford University Press, 2023.


Aristóteles


W.D. Ross, Aristotle. De anima, Oxford: Clarendon Press, 1961 (repr. 1967): 402a1-435b25.


W.D. Ross, Aristotle's metaphysics, 2 vols., Oxford: Clarendon Press, 1924 (repr. 1970 [of 1953 corr. edn.]): 1:980a21-1028a6; 2:1028a10-1093b29.


W.D. Ross, Aristotle. Parva naturalia, Oxford: Clarendon Press, 1955 (repr. 1970): 449b4-453b11.


W.D. Ross, Aristotelis topica et sophistici elenchi, Oxford: Clarendon Press, 1958 (repr. 1970 (1st edn. corr.)): 190-251 (164a20-184b8).


 


Hipócrates


É. Littré, Oeuvres complètes d'Hippocrate, vol. 2, Paris: Baillière, 1840 (repr. Amsterdam: Hakkert, 1961): 110-190.
Platão


J. Burnet, Platonis opera, vol. 2, Oxford: Clarendon Press, 1901 (repr. 1967): St II.11a-67b.


Tucídides


H.S. Jones and J.E. Powell, Thucydidis historiae, 2 vols., Oxford: Clarendon Press, 1:1942 (1st edn. rev.); 2:1942 (2nd edn. rev.) (repr. 1:1970; 2:1967)


 

Método de ensino

Leitura, comentário e discussão dos textos. 

Método de avaliação

Exame escrito no final do semestre e um ensaio sobre um tema a escolher. 

Conteúdo

A estrutura Sigma e a inextricabilidade psychē-sōma


 


O curso fará uso da operação identificada como "estrutura sigma" e parte da tese interpretativa da indissociabilidade psychē-sōma (David Charles operative concepts: The undivided Self. OUP). Vamos ler textos de Platão e Aristóteles sobre o acesso ao passado (mnēmē, anamnēsis), ao presente (aisthēsis), ao futuro (prosdokia) bem como ao modo como nos encontramos afectados por conteúdos emocionais ou sentimentais (epithymia, orexis) (phygē: lypē; diōxis: hedonē).


 


Procuraremos ver como a tradição historiográfica (Tudícides) e, na verdade, antes dela, a tradição médica antiga (corpus hippocraticum) tinham uma preocupação com um acesso holístico, se assim se pode dizer: o "acesso" à verdade pressuponha que cada humano habitava uma atmosfera universal de acesso total ou com pretensão de um tal acesso.


 


Veremos como Tucídides opera o seu prognóstico da Peste na Guerra do Peloponeso ou como o médico antigo redige o seu Prognostikon. Em ambos os casos, o diagnóstico tem em vista um prognóstico: a verdade pretende evitar a crise ou passar de uma má situação para uma boa situação.


 


Em todos os casos, verificam-se modalizações do tempo: histórico, anistórico, reversibilidade e irreversibilidade. Em todas as formas de manifestação, é a psychē que surge como o espaço “lógico”  anterior a qualquer divisão sōma-psychē. Que psychē é esta que se acha poder ser isolada?

Cursos

Cursos onde a unidade curricular é leccionada: