História da Medicina Tropical

Objetivos

No final desta unidade curricular os alunos devem ser capazes de:
1. Reconhecer a importância da história da medicina tropical para a sua compreensão numa perspetiva interdisciplinar global.
2. Refletir sobre as várias dimensões do processo de emergência da medicina tropical como área de com conhecimento autónoma no final do século XIX.
3. Compreender os diversos aspetos da história da medicina tropical em distintos cenários: espaços metropolitanos, colónias africanas e asiáticas e diferentes formações sociais americanas.
4. Avaliar o impacto nas ações de saúde pública dos novos conhecimentos acerca da etiologia ou meio de transmissão de várias doenças relacionadas com bactérias, protozoários, helmintas, fungos e vírus.
5. Refletir sobre o percurso e as particularidades da medicina tropical portuguesa no âmbito das suas instituições desde 1902.
6. Ler critica e contextualmente as obras selecionadas para a historiografia da medicina tropical.

Caracterização geral

Código

5789012

Créditos

2

Professor responsável

Isabel Amaral

Horas

Semanais - Se a UC for oferecida como opcional, o horário será disponibilizado no 2º semestre

Totais - 28

Idioma de ensino

Português

Pré-requisitos

A frequência de 2/3 das aulas é obrigatória

Bibliografia

• ABRANCHES, P. O Instituto de Higiene e Medicina Tropical: um século de história 1902-2002. Lisboa: IHMT, 2004.
• ARNOLD, D. (ed.). Warm climates and western medicine: the emergence of Tropical Medicine, 1500-1900. Amsterdam/Atlanta: Rodopi, 1996.
• BENCHIMOL, J. and SÁ, M. R. (eds and orgs). Adolpho Lutz Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, vol. 2, n.3, 2006.
• DIOGO, P. e AMARAL, I. A outra face do império – ciência, tecnologia e medicina (sécs. XIX e XX). Lisboa: Edições Colibri, 2012.
• HOCHMAN, G.; ARMUS, D. (orgs.). Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2004.
• KROPF, S. Doença de Chagas, doença do Brasil: ciência, saúde e nação (1909-1962). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2009.
• LÖWY, I. Vírus, mosquitos e modernidade. A febre amarela no Brasil entre ciência e política. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.

Método de ensino

Seminários, Aulas teórico-práticas, Trabalhos de grupo e Orientação tutorial (b-learning).

Método de avaliação

A avaliação final do aluno terá 2 componentes:
1. Apresentação de um artigo científico – Serão avaliados especificamente a capacidade de compreensão, de pesquisa, de síntese, comunicação e reflexão critica. Representará 40% da nota final.
2. Elaboração de um trabalho final de investigação sobre um adas temáticas apresentadas durante os seminários, que representará 60% da nota final.

Conteúdo

I. Olhares sobre os trópicos.
II. A medicina nos projetos d e colonização europeia e americana.
III. Da medicina dos “climas quentes” à medicina mansoniana. A era bacteriológica na história da medicina tropical.
IV. Emergência e institucionalização da medicina tropical.
V. A particularidade do caso português: da Escola de Medicina Tropical de Lisboa ao Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
VI. A particularidade do caso brasileiro: da Escola Tropicalista Baiana aos institutos e escolas brasileiras atuais.
VII. Doença do Sono/Doença de Chagas e outras tripanossomíases. A consolidação da entomologia médica.
VIII. A Malária: etiologia e modo de transmissão, estratégias profiláticas e terapêuticas
IX. Febre-amarela: mosquitos, vírus e modernidade.
X. Leishmanioses, esquistossomose, oncocercose: enquadramentos históricos.
XI. Medicina tropical e saúde pública internacional.
XII. Medicina tropical, ecologia e meio ambiente.
XIII. Cultura material e do património histórico em medicina tropical.

Cursos

Cursos onde a unidade curricular é leccionada: